quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Hospital psiquiátrico - O teste da banheira

Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor: - Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?

Respondeu o diretor: - Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie.

De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.

- Entendi - disse o visitante - uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.

- Não - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?

Dedicado a todos que escolheram o balde.

A vida tem muito mais opções...

E muitas das vezes são tão óbvias como o ralo, só falta enxergarmos. ..



M & M (Mude e Marque)


O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma
mobília,sem portas ou janelas, sem relógio... Você começará a perder a
noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as
reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos
de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento
dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos
cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.

Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:
Nosso cérebro é extremamente otimizado.
Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto médio tem entre 40 a 60 mil pensamentos por dia.
Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar
conscientemente tal quantidade.

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece
no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência
pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está

acontecendo.
É quando você se sente mais vivo.

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente
colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências
duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que
o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada
vez mais rapidamente.

Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado,
nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo
os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo..
Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê
com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe
qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa
, no lugar de repetir realmente a experiência).

Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos
para a mente.

Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa... São
apagados de sua noção de passagem do tempo...
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a
experiência repetida.

Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir-as mesmas ruas,
pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações..

Enfim... As experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar
de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de
novidades), vão diminuindo.

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de
novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... ROTINA

Não me entenda mal.
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das
pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo
um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e
Marque).

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou
registros com fotos.


Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire
férias sempre e, preferencialmente, para um lugar Quente, um ano, e frio
no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.

Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário
para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de
momentos usuais.
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo,
bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite
parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do
cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal,
vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.
Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências
diferentes.
Seja diferente.

Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com
seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras
culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos.....

Em outras palavras...... V-I-V-A!!!
Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais
longo.

E se tiver a sorte de estar casado (a) com alguém disposto (a) a viver e
buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais
interessante e muito mais v-i-v-o... Do que a maioria dos livros da vida
que existem por aí.

Cerque-se de amigos.
Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões
diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?
Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade,
emoção, rituais e vida.
E S CR E VA em tAmaNhos diFeRenTes e em CorES di f E rEn tEs !

CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE,

MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE.....

V I V A!!!!!!!!


Por Airton Luiz Mendonça
Artigo do jornal 'Estado de São Paulo


terça-feira, 28 de outubro de 2008

O Bambu Chinês


Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada por
aproximadamente 5 anos, exceto um lento desabrochar de um diminuto broto
a partir do bulbo.

Durante 5 anos, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu,
mas uma maciça e fibrosa estrutura de raiz que se estende vertical e
horizontalmente pela terra está sendo construída.

Então, no final do 5º ano, o bambu chinês cresce até atingir a altura
de 25 metros.

O escritor Stephen Covey escreveu: "Muitas coisas na vida pessoal e
profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo,
esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e às vezes
não vê nada por semanas, meses ou anos. Mas se tiver paciência para
continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5.º ano chegará,
e com ele virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava..."

O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos
projetos e de nossos sonhos. Devemos sempre procurar cultivar sempre
dois bons hábitos na vida: a Persistência e a Paciência, para alcançar
nossos sonhos.

É preciso muita fibra para chegar às alturas, e ao mesmo tempo, muita
flexibilidade para se curvar ao chão".

domingo, 19 de outubro de 2008

As Quatro Questões de Allen



Para ter sucesso verdadeiro, faça quatro perguntas para si mesmo: Por
que? Por que não? Por que não eu? Por que não agora? - James Allen

Por que...? Encontre a razão mais profunda e verdadeira para algo, e essa
razão manterá você vivo em um mundo de sonânbulos. Entenda as razões
e os motivos verdadeiros, antes de tomar uma decisão. Pergunte-se todo
o tempo: "por que devo fazer essa coisa, e não aquela? " Entenda o que
se passa dentro de você. Entenda os motivos mais profundos pelos quais
algo deve ser feito em sua empresa ou departamento, em sua comunidade,
sua equipe ou família. Por que...?. Enquanto você não tiver esclarecido
isso para si próprio, as razões sempre serão frágeis e você poderá ser
derrubado, ou derrubada, muito facilmente. Por que quero me casar com
ela? Por que quero mudar de carreira? Por que temos que mudar este
produto? Por que quero este diploma?. Enfim, encontre uma razão e
apegue-se a ela.

Por que não? O que impede você de fazer isso? Na maioria das vezes,
demoramos demais para fazer algo, simplesmente porque novas idéias
fazem a gente assumir que, se não foi feito antes, provavelmente não
deve ser feito. Será? Procure os motivos para não fazer algo. Muitas
vezes, você vai descobrir que não existe motivo real algum para não
fazer isso. Então... por que não? Pense, e responda: Por que não
romper? Por que não fundar essa empresa? Por que não escrever este
livro? Por que não ter filhos? Por que não procurar outro emprego? Por
que não fazer este curso? Por que não dar aquele telefonema? Por que
não arriscar? Pergunte-se sempre: Por que não?

Por que não eu? Se alguém tem que fazer algo, você pode ser este alguém.
Inúmeras vezes, encontramos a razão para que algo seja feito e, ao
perguntarmos "por que não?", vemos que nada impede que seja feito. A
próxima pergunta lógica: por que não eu? Sim, talvez você seja
exatamente a pessoa que deva começar isso. Alguém tem que escrever este
livro: por que não você? Alguém tem que propor este produto: por que
não você? Alguém que que defender esta idéia na câmara ou no senado:
por que não você? Alguém tem que reconciliar a família: por que não
você? Alguém tem que dar o primeiro passo: por que não você?

Por que não agora? As vezes, o melhor momento para começar algo é...
Imediatamente. Se algo tem que ser feito, se não há razão sólida para
que este algo não seja feito e se você mesmo pode fazer isso, então
vem a última pergunta: Por que não fazer isso agora? Tantas vezes na
vida, nós passamos pelas primeiras três perguntas e, então, fazemos de
conta que somos eternos... Que podemos fazer aquilo em algum momento no
futuro, quando... tivermos o diploma... os filhos tiverem crescido... a
aposentadoria chegar... P A R E. Isso é apenas uma armadilha do lado
temeroso de sua mente. Não espere o dia perfeito. O dia perfeito é
hoje. Se não hoje... quando?

Siga o conselho de James Allen: "para ter sucesso verdadeiro, faça
quatro perguntas para si mesmo: Por que? Por que não? Por que não eu?
Por que não agora?


Aldo Novak

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

NIETZSCHE: a dualidade do bem e do mal


Não é de estranhar que as ovelhas não gostem de aves predadoras, mas isso não é motivo para culpar as grandes aves predadoras de carregarem as ovelhas.
E não há nada intrinsecamente errado no argumento das ovelhas quando elas sussurram entre si, "Estas aves predadoras são más, não podemos dizer, portanto, que o oposto de ave predadora deve ser bom?".
As aves predadoras ficam um tanto intrigadas e dizem, "Não temos nada contra estas boas ovelhas; de fato, nós gostamos muito delas; nada é mais saboroso do que uma ovelha de carne macia".

FRIEDRICH NIETZSCHE, 1844-1900

"Verdade e mentira no sentido extramoral", é
um trabalho publicado postumamente, onde Nietzsche associa a dualidade mau / bom com a verdade / mentira utilizando-se novamente da metáfora do rebanho (ovelhas / humanos):
"A verdade e a mentira são construções que decorrem da vida no rebanho e da
linguagem que lhe corresponde.
O homem do rebanho chama de verdade aquilo que o conserva no rebanho e chama de mentira aquilo que o ameaça ou exclui do rebanho"
.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Um dia o Rei teve uma idéia.


Era a primeira da vida toda, e tão maravilhado ficou com aquela idéia
azul, que não quis saber de contar aos ministros. Desceu com ela para o
jardim, correu com Ela nos gramados, brincou com ela de esconder entre
outros pensamentos, encontrando-a sempre com igual alegria, linda idéia
dele toda azul.

Brincaram até o Rei adormecer encostado numa árvore.

Foi acordar tateando a coroa e procurando a idéia, para perceber o
perigo. Sozinha no seu sono, solta e tão bonita, a idéia poderia ter
chamado a atenção de alguém.

Bastaria esse alguém pegá-la e levar. É tão fácil roubar uma idéia: Quem
jamais saberia que já tinha dono?

Com a idéia escondida debaixo do manto, o Rei voltou para o castelo.
Esperou a noite. Quando todos os olhos se fecharam, saiu dos seus
aposentos, atravessou salões, Desceu escadas, subiu degraus, até Chegar
ao Corredor das Salas do Tempo.

Portas fechadas, e o silêncio.

Que sala escolher?

Diante de cada porta o Rei parava, pensava, e seguia adiante. Até chegar
à Sala do Sono.

Abriu. Na sala acolchoada os pés do Rei afundavam até o tornozelo, o
olhar se embaraçava em gazes, cortinas e véus pendurados como teias.

Sala de quase escuro, sempre igual. O Rei deitou a idéia adormecida na
cama de marfim, baixou o cortinado, saiu e trancou a porta.

A chave prendeu no pescoço em grossa corrente. E nunca mais mexeu nela.

O tempo correu seus anos. Idéias o Rei não teve mais, nem sentiu falta,
tão ocupado estava em governar. Envelhecia sem perceber, diante dos
educados espelhos reais Que mentiam a verdade. Apenas, sentia-se mais
triste e mais só, sem que nunca mais tivesse tido vontade de brincar nos
jardins.

Só os ministros viam a velhice do Rei. Quando a cabeça ficou toda
branca, disseram-lhe que já podia descansar, e o libertaram do manto.

Posta a coroa sobre a almofada, o Rei logo levou a mão à corrente.

- Ninguém mais se ocupa de mim - dizia atravessando salões e descendo
escadas a caminho das Salas do Tempo - ninguém mais me olha. Agora posso
buscar minha Linda idéia e guardá-la só para mim.

Abriu a porta, levantou o cortinado.

Na cama de marfim, a idéia dormia azul como naquele dia.

Como naquele dia, jovem, tão jovem, uma idéia menina. E linda. Mas o Rei
não era mais o Rei daquele dia.

Entre ele e a idéia estava todo o tempo passado lá fora, o tempo todo
parado na Sala do Sono. Seus olhos não viam na idéia a mesma graça.
Brincar não queria, nem Rir. Que fazer com ela? Nunca mais saberiam
estar juntos como naquele dia.

Sentado na beira da cama o Rei chorou suas duas últimas lágrimas, as que
tinha guardado para a maior tristeza.

Depois baixou o cortinado, e deixando a idéia adormecida, fechou para
sempre a porta.

Marina Colasanti